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segunda-feira, 21 de novembro de 2011

A Doença de Parkinson

A Doença de Parkinson é uma doença degenerativa do SNC que causa desordem no movimento corporal. Ela acomete prevalentemente pessoas com idades entre 45 e 60 anos, podendo ocorrer, raramente, em pessoas mais novas. Estudos estatísticos indicam que atualmente o Parkinson afeta cerca de 0,5% da população mundial, apresentando distribuição universal, atingindo todos os grupos étnicos e socioeconômicos.Seu diagnóstico é feito por exclusão.
No Parkinson ocorre a degeneração dos neurónios produtores de dopamina, devido há defeitos nas enzimas envolvidas na quebra das proteínas alfanucleína e/ou parkina. Esses defeitos levam à acumulação dessas proteínas ao longo do tempo, formando os Corpúsculos de Lewy (visiveis ao microscópico), traduzindo-se na morte dos neurônios dopaminérgicos que expressam essas proteínas, ou na sua disfunção durante a velhice. O local primordial de degeneração celular é a substância nigra, presente na base do mesencéfalo.

Corpúsculos de Lewy      


Substância Nigra

A substância nigra está intimamente ligada aos nossos movimentos voluntários e involuntários e o entendimento e a mediação deste movimentos dependem dos neuônios dopaminérgicos, pois a dopamina liberada e produzida adequadamente nos possibilita responder aos estímulos musculares, isso ocorre porque ela estimula os gânglios basais que respondem com um efeito inibidor da formação reticular que irá enviar para a medula espinhal a informação e a estimulação adequada dos músculos, acarretando em uma atividade muscular controlada.
Quando há esta degeneração dos neurônios produtores de dopamina todos os nossos movimentos ficam alterados, pois a dopamina que deveria atuar nos gânglios basais não estará disponível na quantidade necessária, prejudicando assim o efeito inibidor sobre a formação reticular e sem esse efeito a informação que chegará na medula espinhal será inadequada, causando assim o aumento da tensão e do tremor musculares.


Os sintomas desta doença começam a ser percebidos quando cerca de 60 a 80% dos neurônios já foram degenerados. Os sintomas são bem característicos, pois estão ligados aos movimentos motores e posturais, sendo eles: inclinação do tronco para frente; alterações na fala e na escrita; marcha lenta e arrastada; rigidez e tremor da cabeça; rigidez e tremor das extremidades.
Para manter a qualidade de vida destes pacientes é preciso manter, também, suas atividades psicossociais e para isso é importante realizar uma psicoeducação sobre a doença, tanto para o paciente, quanto para seus familiares, assim eles conseguem entender o que está acorrendo e acabam aceitando a doença e seu tratamento. Ocorrendo este entendimento e aceitação das novas condições de vida, este paciente poderá (dependendo do seu grau de acometimento) manter sua autonomia, realizando atividades que não lhe coloquem em risco, como cuidar da limpeza da casa.
Não podemos, jamais, deixar de auxiliar os cuidadores destes pacientes, proporcionando lhes o conhecimento necessário para o manejo, tanto das medicações quanto das necessidades destes doentes, tornando assim a relação entre eles menos dolorosa.
Assim como outras doenças degenerativas do SNC, a Doença de Parkinson ainda está sendo muito estudada. Há diferentes pesquisas sobre sua causa e seu tratamento, umas dizendo que há possibilidade de o Mal de Parkinson não ser uma doença única, e sim um aglomerado de outras doenças que, unidas, resultam neste “mal”, outras propõem que a Doença de Parkinson não tenha sua origem no cérebro e sim em “defeitos” em algumas proteínas musculares que, posteriormente, migram para o SNC. Para o tratamento da Doença de Parkinson, há estudos sobre a utilização da cannabis, pois esta atuaria na estimulação dos gânglios basais, possibilitando sua resposta inibidora para a formação reticular, diminuindo a tensão e o tremor musculares.


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Referências
            FUENTES, Daniel, et al. Neuropsicologia: teoria e prática. Porto Alegre: Artmed, 2008.
            http://pt.wikipedia.org/wiki/Doen%C3%A7a_de_Parkinson visitado em 25/10/2011 às 19h.
http://www.parkinson.org.br/firefox/oquee.html visitado em 26/10/2011 às 18h.
http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=mal-de-parkinson&id=5162 visitado em 26/10/2011 às 18h30min.


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Elaborado por: Karin Hachler, Liliane de Oliveira e Renata Gobbi