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segunda-feira, 25 de julho de 2011

Abuso Sexual Infantil

“Não falar sobre o abuso sexual não o afasta, apenas colabora com a necessidade de silêncio que o abusador necessita.”

           
           O Abuso Sexual Infantil (ASI) é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um dos maiores problemas de saúde pública no mundo. Por abuso sexual define-se o envolvimento de uma criança em atividades de cunho sexual que ela não pode compreender, para a qual a criança ainda não se encontra desenvolvida ou capaz de consentir e que violem parâmetros de comportamento ético da sociedade. Estas atividades podem incluir estimulação sexual (a criança tem a genitália tocada ou toca a genitália de um adulto), lesões penetrantes (penetração peniana ou digital na vagina, boca ou ânus) e lesões não-penetrantes (beijos de natureza sexual).
É um fenômeno é encoberto por segredo, “um muro do silêncio”, do qual fazem parte familiares, vizinhos e algumas vezes, os próprios profissionais que atendem as crianças vítimas de violência.
O “muro do silêncio” é um dos maiores problemas enfrentados no combate ao Abuso Sexual Infantil e se cria em função da dinâmica do abuso, quando o abusador normalmente usa da manipulação da criança, criando uma ilusão de confiança e amor, confundindo a cabeça desta. Normalmente ele começa a ameaçar a criança para que ela não conte sobre o abuso, e é neste momento que a criança se sente frágil, confusa e com muito medo, assim criando uma barreira de silêncio dificilmente ultrapassada sem ajuda de um adulto. Os cuidadores costumam não acreditar que isso realmente possa estar acontecendo, pois o abuso sexual é um tabu em nossa sociedade, reforçando o silêncio por parte das crianças e também levando a um silêncio entre adultos.

A criança não costuma inventar casos de abuso.
Não duvide, investigue!
Peça ajuda, essa criança precisa de você!

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Quem é o abusador:
Monstros não se aproximam de crianças, pessoas gentis sim. Tome o cuidado necessário!

Na maioria das vezes são pessoas aparentemente normais e que são queridas pelas crianças e pelos adolescentes. “Meu irmão nunca faria isso, ele é casado e tem filhos.” Mãe de vítima
Na maioria dos casos a criança é abusada por pessoas que já conhecem, pelos pais, padrasto/madrasta, avô/avó, amigos da família, vizinhos, colegas da escola, professor, babá ou mesmo médico.
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Estágios de aliciamento
(Como o abusador envolve a criança)

·           Tornar-se amigo, conquistar sua confiança;
·           Testar se a vítima guarda segredos de atos inofensivos;
·           Criar ilusão de amor e confiança;
·           Experimentar contatos físicos não sexuais (toques acidentais)
·           Diminuir inibições (introduzir algo que envolva sexo como imagens);
·           Atos sexuais propriamente ditos;
·           Chantagem emocional (perda do amor se contar para alguém)
·           Reforçar silêncio e segredo (coerção, jogar com culpa e constrangimento;
·           Terminar relacionamento (vítima não é mais inocente ou passou da idade de preferência).
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Sintomas que a criança pode ter:
(Comportamentos comuns)

·     Interesse excessivo ou evitação de natureza sexual;
·     Masturbação excessiva, ou exibicionismo;
·     Problemas com o sono ou pesadelos;
·     Depressão ou isolamento de seus amigos e da família;
·     Achar que têm o corpo sujo ou contaminado;
·     Ter medo de que haja algo de mal com seus genitais;
·     Rebeldia e delinqüência;
·     Comportamento suicida;
·     Terror e medo de algumas pessoas ou alguns lugares;
·     Respostas ilógicas sobre machucados em suas genitais;
·     Mudanças súbitas de conduta.
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Danos acarretados pelo abuso nas crianças e adolescentes

(de curto prazo)
*Físicas: pesadelos e problemas com o sono, mudança de hábitos alimentares, perda do controle dos esfíncteres.
*Comportamentais: consumo de drogas, fugas, condutas suicidas  ou de auto-flagelo, hiperatividade, diminuição do rendimento escolar.
*Emocionais: medo generalizado, agressividade, culpa, vergonha, isolamento, ansiedade, depressão, baixa auto-estima, rejeição ao próprio corpo (sensação de sujeira).
*Sexuais: conhecimento sexual precoce e impróprio para sua idade, masturbação compulsiva,problemas de identidade sexual.
*Sociais: déficit de habilidades sociais, retração social, comportamentos anti-sociais.

(de longo prazo)
Existem consequências da vivência que permanecem, ou inclusive podem piorar com o tempo, até chegar a configurar patologias definidas.
*Físicas:dores crônicas gerais, hipocondria ou transtornos psicossomáticos, alterações do sono, problemas gastrointestinais, pesadelos constantes, desordem alimentar.
*Comportamentais: tentativa de suicídio, consumo de drogas e álcool, transtorno de identidade.
*Emocionais: depressão, ansiedade baixa auto-estima, dificuldade para expressar sentimentos.
*Sexuais: fobias sexuais, disfunções sexuais, falta de satisfação, alterações da motivação sexual, maior probabilidade de sofrer estupros e de entrar para a prostituição, dificuldade de estabelecer relações sexuais.
*Sociais: problemas de relação interpessoal, isolamento, dificuldade de vínculo afetivo com os filhos.
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Onde denunciar:

O disque denúncia é um programa que além de receber a denúncia do abuso, também orienta sobre o que se deve fazer além da denúncia.
Não tenha medo de denunciar, a criança não tem como se defender, com certeza a vida dela será melhor se não passar por isso.

Ligue gratuitamente para o Disque Denúncia pelo Disque 100.



Elaboração: Débora Cardoso, Marcelo Zwonoc, Nathália Moyses e Suzara Röslli.

Postado por: Liliane de Oliveira

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