Faça sua cartinha em:http://www.orkutinho.com

sábado, 18 de junho de 2011

Goffman e a Representação do Eu


A forma bem sucedida de Goffman praticar a sociologia “aquela que consiste em olhar de perto e longamente a realidade social (...) aquele que fez com que a sociologia descobrisse o infinitamente pequeno” (Bourdieu, 2004: 11).
Esta “sensibilidade sociológica” talvez tenha sido a grande marca da vida e da obra de Goffman como as micro-análises do “infinitamente particular”, o estudo das interações face-a-face cuja integração constrói a vida cotidiana na observação dos gestos, olhares, posicionamento e verbalização dos participantes de um encontro social uns perante os outros. Em “a representação do eu no cotidiano” nos mostra que na sociedade, um indivíduo é ator e representa papéis de acordo com o momento, com o “público”, e com o cenário que está. Onde o objetivo principal do ator é manter sua coerência e se ajustar de acordo com a situação. Isso é feito, principalmente, com a interação dos outros atores, pois o homem em sociedade sempre utiliza formas de representação para se mostrar a seus semelhantes e, necessitando para isso, que o público acredite no que pretende passar.
Os papéis vão se modificando: quando o próprio ator não acreditar no que faz ele é chamado de “cínico” e quando ele está convencido de seu ato é chamado de “sincero”. A fachada é quando não consegue convencer determinado público quando utilizou determinada representação, reutiliza, então, a mesma representação em outro cenário. Além dessa fachada (ambiente), há a fachada pessoal (vestuário, sexo, idade, etc.) que é conveniente se dividir em aparência (estímulos que revelam o status social do ator) e maneira (estímulo que serve para nos informar sobre o papel que o ator deseja representar). Por meio da linguagem ou de gestos, as pessoas criam significados, algo que só a espécie humana pode fazer. Os seres humanos entendem o significado das ações de outros indivíduos, inferindo as intenções que existem por trás destas ações.

Nenhum comentário:

Postar um comentário